(...) Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.
Martha Medeiros
2 comentários:
nossa, não fui eu que escrevi isso, hoje mesmo?! vou até guardar essas linhas por aqui.
obs.: gosto desse seu cantinho, viu?
Amo Martha e esse sentimento meio racional, sempre pulsação...
Esse jeito de escrever com tinta vermelha, algo quente e sutil...
É lindo demais!
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