sábado, 22 de setembro de 2012

Das minhas metades...


"Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio, que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca...

Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. 

Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza, que a mulher que amo seja pra sempre amada, mesmo que distante...

Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos...

Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço e que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada... 

Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais... 

Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer... 

Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada...Porque metade de mim é amor e a outra metade também."

. Oswaldo Montenegro .

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Assim...

Saudade do que nunca tive!