
"Não se põe vinho novo em odres velhos; do contrário,
rompem-se os odres,
derrama-se o vinho, e os odres se perdem.
Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam".
Mateus 9:17
Nos últimos dias, fui remetida a lembranças que trouxeram à tona dores das quais imaginava estar livre. Engano meu. As feridas ainda não estavam cicatrizadas como aparentavam. Foi então aí, que percebi o tempo que passou, os meses que se foram e que a decisão de mudar o rumo das coisas estava novamente à minha frente, esperando um posicionamento meu. Parei e assumi que estava na hora de organizar as idéias, definir prioridades e estabelecer limites. Não podia continuar linkada a dores do passado que até agora me impediram de obter êxito em sonhos e propósitos, por me referenciarem à desacordos e a promessas vazias.
Sinto-me como um odre velho que precisa ser preenchido, é verdade. Odre que precisa ser renovado. Tenho consciência do inacabamento e reconheço que relacionamentos sempre nos farão ver que podemos nos tornar pessoas melhores. Sei que é necessário tornar-me odre novo, disposta a arriscar novamente. Não quero derramar vinhos de novidades, permitindo que se percam e muito menos a partir-me por não estar pronta. Afinal, vinho novo pede odres novos. Vinho fala de alegria, e como posso, além de desejar, possuir alegria se estou ocupada com velharias que tão somente geram amargor?
Abri o peito, o coração - me expus - decidi mudar o rumo dos meus dias e tirar meu coração das mãos da tristeza. É difícil nos desvencilhar de expectativas que criamos. De verdades tão nossas. Porém, é preciso focar um alvo à frente que nos leve a algo maior. Existem sim, sonhos que se tornam realidade, amores eternos, sorrisos que salvam o dia, palavras que fazem o sol brilhar, cumplicidade em olhares e dias perfeitos. Como já havia citado, nosso foco determina nossa realidade e agora já sei para onde devo olhar... Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, sigo para o alvo...